sexta-feira, 27 de julho de 2012

Shodou || 書道



O Shodou (書道) é uma caligrafia japonesa.
É considerada uma arte e uma disciplina muito difícil de perfeccionar e é ensinada como uma matéria a mais às crianças japonesas durante a sua educação primária.
Provém da caligrafia chinesa (kanji) e é praticado no estilo antigo, com um pincel, um tinteiro onde se prepara a tinta nanquim, pisa-papel e uma folha de papel de arroz. Atualmente também é possível usar um fudepen, pincel portátil com depósito de tinta.
O shodou pratica a escritura dos caracteres japoneses hiragana e katakana, assim como os caracteres kanji, os caracteres chineses. Atualmente existem calígrafos que são contratados para a elaboração de documentos importantes.
Além de exigir alta precisão e graça pelo calígrafo, cada caractere dos kanji devem ser escritos segundo uma ordem de traços específicos, o que aumenta a disciplina necessária daqueles que praticam esta arte.

História do shodou
Os principais caracteres utilizados na prática do shodou se chamam kanji (no Japão) ou hanzi (na China). Sua origem remonta ao século I em 300 a.C., durante a dinastia Yin. Entretanto, os caracteres sofreram várias modificações ao longo do tempo, sendo as principais:
221 a.C. - Dinastia Shang: reforma da escrita em escala nacional.
206 a.C. - 220 - Dinastia Han: simplificação do sistema escrito e a reconfiguração do shodo como arte.
Introduzidos no Japão pelo budismo no final da Dinastia Han, essa arte passou a ser mais difundida a partir do século VI.

Execução e Filosofia do shodou
Essa arte é produzida através da escrita com o sumi (tinta preta) e um pincel, sobre papel, utilizando caracteres japoneses ou chineses. A arte da caligrafia é considerada uma metáfora para a própria vida, assim, alternam-se pinceladas fortes com outras mais delicadas, variando o efeito conforme a velocidade, a cor da tinta, a pressão sobre o papel, o intervalo entre traços e o próprio material utilizado.
Não há retoques, esboços ou correções em uma peça de shodou, pois mesmo o "borrão" ou os espaços "falhos" sobre o papel poderão ser vistos como parte de uma totalidade, desde que haja um equilíbrio natural entre os caracteres e a composição como um todo, pois é justamente na sutileza em alguns trechos e na intensidade em outros, que está localizado o sentido estético do shodou.






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